domingo, 12 de agosto de 2007

Sobre as garotas e EU!

Faz um tempo que queria dizer o que penso sobre as garotas e de que tipo eu gosto. Vou usar muitas citações porque não me julgo competente pra falar por mim mesmo de desejos tão profundos.

Pra começar com o perfil dela deixo com meu amigo compositor que devia estar muito inspirado quando escreveu essa música, mas é exatatamente o que eu espero:

"Eu quero uma mulher que seja diferente de todas que eu ja tive, todas tão iguais.
Que seja minha amiga amante e confidente. A cúmplice de tudo que eu fizer a mais.
No corpo tem o sol, no coração uma lua. A pele cor de sonho, as formas de maças,
a fina transparência, uma elegância nua, o magico fascínio e o cheiro das manhãs.

Eu quero uma mulher de coloridos modos. Que morda os labios sempre que for me abraçar.
No seu falar provoque o silenciar de todos. E o seu silêncio obrigue a me fazer sonhar.
Que saiba receber e saiba ser bem vinda e possa dar jeitinho em tudo que fizer.
E que ao sorrir provoque uma covinha linda:
De dia uma menina, a noite uma mulher."

Sou homem de uma mulher só, porque como esse autor quero uma companheira pra sempre, uma mulher pra vida inteira. Não quero ter vários e pequenos pedaços de vários alguéns, mais alguém inteira:

"Não sou como a abelha saqueadora que vai sugar o mel de uma flor, e depois de outra flor. Sou como o negro escaravelho que se enclausura no seio de uma única rosa e vive nela até que ela feche as pétalas sobre ele; e abafado neste aperto supremo, morre entre os braços da flor que elegeu".


Acho uma covardia caras que despertam sentimento no coração de uma mulher por nada. Quando eu tratar com carinho e der a entender algo, eu não brinco e sou sério, pois acredito que:

"A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher
sem ter a intenção de amá-la."

Tem de ser também alguém simples, sem muita ambição na vida, pois a glória deste mundo não me seduz. Eu quero ser amigo do pobre, do marginalizado, do desvalido e anunciar a mensagem do meu Senhor até que ele venha. Nao quero ser lembrado pelo que fiz, mas como Martin Luther King Jr, por quem fui:

“Quero que me digam que eu tentei ser direito e caminhar ao lado do próximo.
Quero que vocês possam mencionar o dia em que tentei vestir o mendigo, tentei visitar os que estavam na prisão, tentei amar e servir a humanidade.

Sim , se quiserem dizer algo, digam que eu fui um arauto: um arauto da justiça, um arauto da paz, um arauto do direito. Todas as outras coisas triviais não têm importância.
Não quero deixar nenhuma fortuna. Eu só quero deixar uma vida de dedicação!
E isto é tudo o que eu tenho a dizer:
Se eu puder ajudar alguém a seguir adiante, Se eu puder animar alguém com uma canção,
Se eu puder mostrar a alguém o caminho certo, Se eu puder cumprir o meu dever cristão,
Se eu puder levar a salvação para alguém,
Se eu puder divulgar a mensagem que o Senhor deixou... então a minha vida terá valido a pena”!

Também precisa ser alguém que goste de resolver conflitos na conversa. Não sou de barracos nem de explosões emocionais. Isso acontece, às vezes, mas que seja só às vezes mesmo. Quero alguém cândida, mansa, meiga que resolva com jeitinho seus impasses comigo. Nunca alguém que fica emburrada no canto da parede como uma criança com raiva ou uma barraqueira que dá shows públicos quando eu faço besteira.


Traduzindo, dificilmente acho que uma garota de personalidade forte se encaixaria comigo, a menos que doçura e meiguice possam andar junto desse tipo de personalidade. Nenhum preconceito com essa característica, mas eu não consigo agir muito bem com garotas deste tipo!

Ah, e não sou contra a iniciativa de uma garota, desde que com jeitinho, do jeito que toda garota sabe fazer!

Então é isso que eu espero de uma garota e aqui tem algumas coisas que você pode esperar de mim se quiser ser a "minha garota".


Ricardo Facó
Embaixador de Cristo

Eu e Ricardo Gondim!

Vou tentar defender meu amigo e que Deus me abençoe!!!!!

Eu tive a oportunidade de assistir a "defesa" do Ricardo Gondim na Betesda Sede. Dadas as inúmeras perguntas que me fazem sobre seus ensinos e integridade venho deixar que "ele mesmo responda".

Aí a baixo está "parafraseado" as principais idéias que ele disse terem gerado confusão! Significa que eu vou tentar explicar, mas posso errar algum detalhe!

Ele disse crer na graça até as últimas conseqüências. Não há nada que possamos fazer pra Deus nos amar mais nem nada que possamos fazer pra Deus nos amar menos.

Oração não substitui o trabalho. Ao invés de amarrarmos os demônios que cercam Fortaleza devemos nos unir e arregaçar as mangas porque há muitos pobres e muita injustiça a ser reparada.


Ele disse crer em milagres, mas disse que temos de aprender a viver sem estar sempre na espectativa deles.

Crê que Deus cura mais NA doença do que DA doença, siginifica que Deus trata muito mais do nosso caráter do que do físico em nossas angústias.

A solução de todas as nossas dores só se dará na ressuirreição. Lá sim não haverá câncer, paralíticos nem pobres!

Nossa relação com Deus tem por base o afeto e não o poder. Deus quer ser nosso amigo mais do que nos ter como alguém distante!

Deus se fragiliza pra nos conquistar. Ele não arromba portas, ele bate na porta de nossos corações (Apoc. 3) e abrimo-la se quisermos. Ele escolheu nos amar de forma mais excelente. Ele quer um amor genuíno, voluntário.

Ele acredita que Deus não conhece o futuro, pois se ele não existe ninguém pode conhecê-lo. O futuro não está pronto, é resultado de nossas escolhas e decisões.

Ele disse que não quer que as pessoas concordem com ele em tudo. "Toda unanimidade é burra". Discordar é saudável e denota que temos senso crítico. Mas pede que isso aconteça com respeito, com honra, com hombridade de caráter!

NÃO EXISTE TEOLOGIA RELACIONAL. Isso foi uma confusão criada por um presbiteriano fundamentalista mal intensionado que, se sentindo atingido por ele não crer que Deus determinou o futuro nem o conhece, passou a difamá-lo criando um blog!

O que vi no vídeo foi um homem íntegro, temente a Deus, maduro, sincero, inteligente, decepcionado com os seus, mas que eu admiro muito e defendo a sua integridade até que ele prove merecer o contrário!

Tenho aprendido muito com ele e permanecerei como sua ovelha enquanto ele me surpreender deixando Deus usá-lo. Ele me estimula a crescer, a ser alguém melhor e mais íntimo do meu Senhor!


Agora que todo mundo sabe o que ele disse e defende e que ele não me escandaliza, vamos tentar falar do amor de cristo ao mundo que é uma necessidade vital e missão muito mais nobre que crucificar um servo do Senhor que só expõe seus pensamentos!

Pra maiores detalhes procure o DVD na Betesda Sede e assista por sí próprio.

Abraços,

Ricardo Facó!

Embaixador de Cristo

Excomunhão. (Nossa, Ricardo, nossa Excomunhão!)

Ricardo Gondim

Estou ouvindo o áudio book, “Generous Orthodoxy”, do Brian McLaren, presenteado por meu amigo Carlos Alberto Junior. Espero e oro para que alguma editora brasileira se apresse em traduzi-lo (quem sabe inglês deveria comprá-lo imediatamente, aproveitando que o dólar está barato).

Quando ouço esse pessoal da “Emergent Church”, com quem tenho grande afinidade, mais me convenço de que o movimento evangélico, ou “evangelical”, permita-me o estrangeirismo, é um barco que faz água.

Há algum tempo, afirmei que não me considero mais “evangélico” e causei espanto entre meus pares. Porém, cada dia que passa, quanto mais notícias ruins sobem dos porões denominacionais, e quanto mais o Youtube mostra piadas sobre o besteirol dos púlpitos, mais convencido fico de que nada tenho a ver com o que foi meu berço religioso.

Minha “auto-excomunhão” do movimento evangélico não é estética, embora eu não tolere mais ouvir os cânticos de poesia rala e de música pobre que fazem sucesso; não agüento mais hinos de guerra, convocando os crentes para pisar os inimigos. Nem falo das coreografias das danças. Horrorosas!

Minha “auto-excumunhão” do movimento evangélico não é ética, embora eu tenha nojo do grande número de políticos que, em nome de Deus, exercem seus mandatos com as mesmas práticas que os mais nefastos; não suporto mais conviver com evangelistas e pastores, donos de um discurso radical quanto ao dogma, ao credo, ao moralismo sexual, e que sabem papagaiar a Reta Doutrina, mas se comportam como inescrupulosos manipuladores, sempre ávidos por dinheiro.

Minha “auto-excomunhão” do movimento evangélico não é doutrinária. Eu continuo crendo na Trindade; tenho a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de minha vida; falo em línguas estranhas desde minha experiência pentecostal; creio e dou testemunho de milagres; oro por libertação de endemoninhados e aguardo novos céus e nova terra.

Minha “auto-excomunhão” do movimento evangélico aconteceu porque não posso conviver com auto-proclamados “teólogos” que guardam suas doutrinas e conceitos como verdadeiras vacas sagradas; não gosto do clima de caça às bruxas, que apedreja e queima quem ousa mexer em “cláusulas pétreas”.

Não tolero a intolerância, não aceito a exclusão, não me sinto bem com discursos fundamentalistas. Acredito que toda interpretação é interpretação e nada mais, e que ninguém – nem Santo Agostinho, nem Armínio e nem eu – tem a última palavra quanto a verdade.

Minha “auto-exclusão” do movimento evangélico aconteceu porque cansei de ficar tentando ler a Bíblia com o literalismo fundamentalista. Acho fatigante ter que, constantemente, fazer ginástica para explicar com a exegese própria dos evangélicos, textos que discriminam as mulheres em Deuteronômio, ou aquele que Deus manda um espírito de mentira para confundir os profetas. Não quero mais fazer contas para explicar para os adolescentes como a arca de Noé pôde abrigar todos os insetos, mamíferos, aves, répteis e batráquios do planeta.

Minha “auto-exclusão” do movimento evangélico aconteceu porque não tenho mais estômago para ficar ouvindo sermão do tipo: “Deus é poderoso, ele vai fazer milagre”, e fechar meus olhos para os exilados de Darfur, ou para os miseráveis que esperam nas filas dos ambulatórios imundos da baixada fluminense. Não quero viver a fé ensimesmada e privatizada que tanto se alastrou, e que busca, ou convive, com o conceito burguês de mundo. Na verdade, não consigo mais orar pedindo bênção, proteção, imunidade, prosperidade ou livramento. Não quero ter que exercitar fé para “ver Deus abrir as janelas do céu”.

Minha “auto-exclusão” do mundo evangélico aconteceu porque tenho sede de ser íntimo de Deus; porque, intuitivamente, percebo que a Bíblia possui uma riqueza imensamente maior do que me ensinaram; quero viver na liberdade do Espírito, sem medo das implicações e dos desdobramentos mais “perigosos” dessa decisão.

Minha “auto-exclusão” do mundo evangélico aconteceu porque me apaixonei por Deus de uma maneira que considero linda - mas que fica na contramão da maioria. Estou tão absolutamente cheio de curiosidade sobre dimensões da verdade que, reconheço, jamais compreenderei completamente; estou com sede de ler como nunca li, rir como nunca ri, dançar como nunca dancei; orar como nunca orei. Quero glorificar a Deus com leveza, sem paranóias de que o diabo vai me pegar se eu der brecha ou que serei punido com rigor se pisar na bola.

Minha “auto-exclusão” do mundo evangélico aconteceu porque hoje vejo meu Próximo como amado de Deus e não mais como filho da ira; de repente, comecei a perceber que a Graça foi espalhada sobre a terra assim como o sol, que indiscriminadamente abençoa.

Tento desvencilhar-me da linguagem excludente dos crentes. Já não tenho medo de dizer que aprecio “música do mundo”, que considero os "Médicos Sem Fronteiras" uma bela expressão do amor de Deus, e que vou estudar, com enólogos, os mistérios dos melhores vinhos. Antes que me esqueça, não acho que treinar para uma maratona seja perda de tempo.

Não me definirei por nenhum movimento porque acho que os movimentos, qualquer um, são cercas que empobrecem; não defenderei uma teologia específica, nem a Relacional, porque não acredito que elas sejam suficientes para explicar o Eterno – Gosto da frase de Paul Tillich: “Deus está para além de Deus".Para onde vou daqui pra frente? Anseio caminhar humildemente com meu Senhor; vou tentar ser justo, desenvolver um coração misericordioso e amar a paz.

Soli Deo Gloria.